Osteoporose X Atividade Física
A osteoporose é caracterizada por uma redução na massa óssea que pode acometer o esqueleto inteiro ou parte dele. Ocorre por um desequilíbrio entre a formação e absorção óssea. O osso cortical vai se tornando cada vez mais delgado e sua estrutura interna mais porosa (grandes e numerosos túneis de reabsorção) e o as trabéculas do osso esponjoso vão diminuindo em número de espessura. Esta condição predispõe os ossos a dores, fraturas, e deformidades, sendo muito freqüente em pessoas idosas, em mulheres após menopausa, em indivíduos acamados ou imobilizados por longo tempo em ambientes de gravidade.
Em indivíduos jovens, os ossos longos ( e os corpos vertebrais) contem a “cartilagem de crescimento” o que garante o crescimento ósseo até os 20 anos de idade.Uma vez cessada a atividade proliferativa deste disco espifisário (“disco de crescimento”), as partes ósseas se fundem, terminando o seu crescimento. A capacidade de formação óssea, contudo, não termina, pelo contrário mantem-se por toda a vida.
A trajetória de crescimento do disco espifisário é influenciada pela ação mecânica, como peso corporal, por exemplo. O excesso de carga aplicada ou alterações posturais podem comprometer esta trajetória, defletindo o crescimento de extremidades ósseas e provocando desvios definitivos no alinhamento corporal, como podemos observar nas escolioses e no genu valgo.
“O osso sofre constantes modificações estruturais em resposta à influência de variados fatores, como hormônios, dieta e atividade física. “
Durante toda a vida, o osso experimenta um processo de remodelagem que vai permitindo um ajuste de sua estrutura às solicitações funcionais. Este processo é mais intenso no inidividuo jovem, mas está presente, também, nas pessoas mais velhas É chamado de plasticidade óssea, à propriedade do osso permitir modificações estruturais diante da ação de agente físicos e químicos. Esta plasticidade é o que permite que o esqueleto sofra processos de adaptabilidade.
Em pessoas idosas e mulheres após menopausa, há uma perda da massa óssea em todo o esqueleto, o que deixa os ossos susceptíveis a fraturas. Por outro lado, o aumento da atividade física pode ser observado nos ossos pelo o aumento de relevos nestes, onde se encontram fixados os músculos.
Melhor do que se recuperar de uma fratura é previni-la!
Como já foi dito anteriormente, embora os ossos respondam aos pré-programas genéticos (herança genética) e hormonais, a estrutura óssea normal é influenciada por fatores ambientais, como: atividade física, dieta, pressão de O2 na atmosfera, a exposição ao sol.
As glândulas endócrinas também influenciam a formação e o crescimento ósseo. Tanto os hormônios do feto quanto os hormônios maternos, atravessando a placenta, agem sobre os processos de diferenciação celular. Os hormônios agem de uma forma intensa sobre o metabolismo mineral, orgânico e energético, promovendo uma série de efeitos sobre o mecanismos de osteogênese e osteolíse (processo de formação e reabsorção do tecido ósseo), desde os primórdios da morfogênese até a vida adulta.
Assim, as disfunções glandulares são acompanhadas por desvios na forma e na qualidade do esqueleto. Da mesma maneira, o uso prolongado de hormônios (drogas) pode comprometer as funções do esqueleto.
